Ilhas Lofoten - Noruega

Gosto muito de ler a revista Vida Simples, tem matérias muito boas sobre quase tudo.

Adoro textos sobre viagens e esse de Johnny Mazzilli, sobre sua experiência nesse local, me fez sonhar em conhecer a Noruega, ver a Aurora Boreal e o Sol da Meia Noite...curtam também!!

Meia-noite na remota baía de Grundstad. Um punhado de aves marinhas gritava no céu. Pareciam se divertir em performances no vento fortíssimo. O Sol atingia seu ponto mais baixo, quase tocando o horizonte no mar
Da aurora boreal ao sol da meia-noiteAinda menino, li qualquer coisa sobre as ilhas Lofoten em Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, e desde então esse lugar ficou marcado em minha memória como sinônimo de paragem remota e exótica. Por décadas eu não me lembraria disso, até que fui convidado a seguir uma corrida de trenós no norte da Noruega.
Pouco antes de embarcar, um amigo norueguês me descreveu casualmente “um pequeno grupo de ilhas belíssimas, com picos pontiagudos nevados, pontilhadas de vilarejos pesqueiros pitorescos, as ilhas Lofoten”. Em um estalo meu cérebro foi atrás da ficha para lembrar de onde já “conhecíamos” esse lugar. Então eu passaria perto de Lofoten – mas, viajando subitamente, não teria como alterar o itinerário. Durante a viagem, um delicioso sobressalto: recebi um convite para, depois da competição de trenós, ir às ilhas.
Além da pesca do bacalhau e das sagas vikings, o arquipélago é o cenário de dois belíssimos fenômenos naturais – a aurora boreal e o sol da meia-noite.
A aurora boreal é uma dança de luzes no céu, causada por partículas eletromagnéticas que viajam pelo espaço e colidem com os gases da alta atmosfera terrestre nas regiões polares, gerando energia luminosa. Certa noite, eu e Luciana, minha mulher, estávamos na vila de Henningsvaer quando uma luz verde intensa começou sua dança bruxuleante no céu escuro. Durante três horas ficamos ali, estarrecidos, magnetizados com aquele espetáculo indescritível.
O sol da meia-noite é outro espetáculo de rara beleza. No verão, em junho e julho, o astro desce até o horizonte e, ao invés de se pôr, volta a subir no céu. Não há noite – são 24 horas diárias de sol. Na primeira vez que vivenciei esse fenômeno, nos primeiros dias foi muito difícil dormir – a luz constante desregula o relógio biológico. Em menos de uma semana entrei no ritmo e tornou-se um grande prazer sair para fotografar o sol tocando o horizonte à meia-noite.
Como chegar – A SAS (Scandinavian Air) tem voos diários de Oslo, a capital da Noruega. De lá se vai para Bodo ou Tromso, de onde é possível seguir de avião ou barco para Lofoten. Brasileiros não precisam de visto para a Noruega.
Quando ir – Para ver a aurora boreal, de março a maio, quando o frio é ameno, ou de agosto a outubro. Para o sol da meia-noite, junho e julho, verão no Círculo Polar Ártico.
Dica de hospedagem – O charmoso e bucólico Bryggehotel, em Henningsvaer (www.henningsvaer.no); ou o aconchegante Svinoya, em Svolvaer (www.svinoya.no)
Quem leva – A Latitudes tem saídas personalizadas para as Ilhas Lofoten (www.latitudes.com.br)
Innovation norway - Informações detalhadas sobre turismo na Noruega (www.visitnorway.com/us)