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Adoro moda, sem exageros e sem gastar muito. Amo cozinhar e de preferência para o meu amor, que sempre me elogia! Gosto de ler , mas não leio tanto quanto deveria, adoro academia, caminhar, pedalar, mas como todos, sempre tenho a sensação que nunca faço o bastante. Outra paixão é modelagem e costura, mas parece impossível que um dia eu aprenda o suficiente! Pareço insatisfeita? Mas que graça teria a vida , se não tivéssemos sempre algo por aprender e conquistar?!
Quando eu postar minhas criações em moda e artesanato , aceitarei encomendas, mande um e-mail e conversaremos .Vou colocar fotos de meus looks preferidos e os mais legais que eu achar por aí ... receitas de comidinhas especiais, fotos e textos bacanas, enfim quero compartilhar com todos tudo que for especial para mim!



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sobre o livro que ensina errado...

Achei esse texto de um importante escritor aqui do Sul, Cristóvão Tezza, muito interessante. Eu também fiquei horrorizada com o livro que "ensina a falar errado", mas depois de ler esse comentário, confesso que tive que repensar o assunto...
Veja o que você acha.






"Eu não queria escrever sobre esse tema, por esgotamento. Mas tenho lido tanta bobagem, com o tom furibundo das ignorâncias sólidas, sobre o livro didático que “ensina errado”, que não resisto a comentar. É impressionante como observações avulsas, sem contexto, eivadas de um desconhecimento feroz tanto do livro em si como de seu pressuposto linguístico, podem rolar pelo país como uma bola de neve, encher linguiça de jornais, revistas e noticiários e até mesmo estimular o “confisco” do material pela voz de políticos. Instituições de alto coturno, como a Academia Brasileira de Letras, manifestaram-se contra o horror de um livro didático que “ensina errado”. Até o presidente do Congresso, o imortal José Sarney, tirou sua casquinha patriótica. A sensação que fica é de que há uma legião de professores pelo Brasil afora obrigando alunos a copiar no caderno as formas do dialeto caipira, com o estímulo homicida do MEC (de qualquer governo – seria o fim da picada politizar o tema). Sim a educação brasileira vai muito mal, mas estão errando obtusamente o foco.
O que essa cegueira coletiva mostra, antes de tudo, é o fato de que a linguística – a primeira ciência humana moderna, que se constituiu no final do século 18 com o objetivo de compreender a evolução das línguas – não entrou no senso comum. As pessoas, letradas ou não, sabem mais sobre Astronomia do que sobre o funcionamento das línguas, mas imaginam o contrário. Eis uma cartilha básica, nos limites da crônica: toda língua, em qualquer parte do mundo e em qualquer ponto da história, é um conjunto de variedades; uma dessas variedades, em algum momento e em algumas sociedades, ganhou o estatuto da escrita, que se torna padrão, é defendida pelo Estado e é o veículo de todas informações culturais de prestígio; há diferenças substanciais entre as formas da oralidade e as formas da escrita (são gramáticas diferentes, com diferentes graus de distinção); a passagem da oralidade para a escrita é um processo complexo que nos faz a todos “bilíngues” na própria língua. Pedagogicamente, dar ao aluno a consciência das diferenças linguísticas e de suas diferentes funções sociais é um passo fundamental para o enriquecimento da sua formação linguística.
É função da escola promover o domínio da forma padrão da escrita, estimular a leitura e o acesso ao mundo letrado, e tanto melhor será essa competência quanto mais o aluno desenvolver a percepção das diferenças gramaticais da oralidade e da vida real da língua. Ora, todo livro didático de português minimamente atualizado reserva um capítulo ao tópico da variedade linguística e ao papel da língua padrão dentro do universo das linguagens cotidianas. Num país de profundos desníveis sociais como o Brasil, o reconhecimento da diferença linguística é o passo primeiro para o pleno acesso à escrita e sua função social. Será isso tão difícil de entender?

Fonte: Gazeta do Povo

9 comentários:

  1. Cae,

    Isso tudo é uma grande vergonha... Um absurdo!!!

    Bjs!

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  2. concordo com o texto. ai ai Brasil "pais do futuro" taaaaaaaaanto pra caminhar ainda... bjbj da Telma

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  3. Cae,

    Por sua causa estou viciada na Banda mais bonita da cidade. Tô louca por eles!!! E agora? Quero ir ao show com vc!rsrsrs Quem me dera!!!
    Bjs, Tatty

    http://suspirofashion.com

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  4. E o governo ainda quer q o Brasil seja de primeiro mundo. Vergonha isso.

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  5. Olha, também concordo com o texto. Temos muito o que aprender. É o Brasil mostrando a cara!

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  6. O Sr. Alexandre Garcia, da TV Globo, também criticou "os livro errado" e o fez de maneira apropriada, Aprecio grandemente o trabalho e a postura do Sr. Alexandre Garcia, mas ele trabalha numa emissora onde é comum jornalistas dizerem: o ministroele, a presidenteela, o expresidenteele e por aí afora, portanto, o Sr. Alexandre Garciaele tem teto de vidro...

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  7. Cae eu fiquei passada com esse livro,concordo com vc é uma cegueira coletiva mesmo,devemos fazer algo,na minha estante passa reto!
    amei sua visita bjusssssss

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  8. Ei anjinha!!!!
    Tem um super sorteio no meu blog, você vai adorar.
    Participe, vou ficar nas nuvens se você ganhar.
    Cruze as asinhas e boa sorte!!!!
    Bjks. Bela.
    www.anjinhasdegloss.blogspot.com

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  9. No meu ponto de vista pedagógico essa não é a melhor maneira de se ensinar as variantes linguisticas, aliás, li um livro muito bom "Preconceito Liguistico" de Marcos Bagno, que explica bem essas variantes, no entanto acredito que as pessoas julgam muito sem saber a fundo, falam mal, criticam, mas na verdade desconhecem as intenções do tal livro. Sigo o seguinte pensamento, antes de criticar, conheça. Gostei do texto! ;)

    Beijos, Lili

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Fico muito feliz com seu comentário!! Obrigada. Cae Fernandes